NOTÍCIAS
Topo
O futuro do Estado Social em análise

O futuro do Estado Social em análise

25 de Julho de 2014

Realizada em Portalegre, a sessão foi liderada por Luís Filipe Pereira e teve a participação de Manuel Lemos e Fernando Ribeiro Mendes.

«Quero um país em que os idosos tenham presente e os jovens tenham futuro». A frase de Francisco Sá Carneiro foi um dos motes para a discussão sobre “Os novos Desafios do Estado Social”, tema da conferência que a distrital social-democrata de Portalegre recebeu a 25 de Julho, no Centro de Artes e do Espetáculo da cidade.

A afirmação do fundador do Partido Social Democrata tem quase quatro décadas mas mantém a actualidade e reflecte o compromisso constante do PSD para com o respeito pela dignidade das pessoas. 

Um compromisso que teve diversas manifestações em 40 anos de Democracia, concluíram os convidados da sessão inserida comemorações do 40.º aniversário do PSD: Luís Filipe Pereira, ministro da Saúde dos governos de Durão Barroso e Santana Lopes; Manuel Lemos, presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP); e Fernando Ribeiro Mendes, presidente do Conselho de Administração da Fundação INATEL.

O PSD teve um «papel crucial na área social», destacou Luís Filipe Pereira. Exemplo disso são o apoio aos idosos, com a preocupação constante pela sustentabilidade dos sistema de pensões; e a «defesa intransigente do Sistema Nacional de Saúde». Fazendo uma leitura clara da actual realidade, o líder da sessão descreveu Portugal como um país envelhecido e lançou dois reptos aos convidados – como pensar a protecção social no contexto da integração europeia e como lidar com os problemas do desemprego e do envelhecimento da população. Para Manuel Lemos, é necessário alterar o paradigma da acção social. O presidente da UMP introduziu o tema da rede de cuidados continuados, destacando também a qualidade do sistema do sistema de saúde público que, reforçou o convidado, é reconhecida por sistemas de certificação internacionais. 

Para Luís Filipe Pereira, a qualidade dos cuidados de saúde deverá ser, de facto, o foco da discussão mais do que o debate ideológico sobre «se é público ou privado».

Também o impacto das tecnologias é motivo de referência. Fernando Ribeiro Mendes refere que o «choque tecnológico» mudou os padrões de vida e de prestação de cuidados e influenciou a actual realidade. As famílias passaram a ter menos filhos mas com mais oportunidades. 

Ao mesmo tempo, cresceu a esperança média de vida com os consequentes desafios para os cuidados de saúde e a qualidade de vida. 

O representante da INATEL, também especialista em políticas sociais, salientou o contributo do PSD no passado para a primeira legislação que regulamentou estas matérias.