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Editorial de Miguel Santos para o Povo Livre Especial

Editorial de Miguel Santos para o Povo Livre Especial

04 de Dezembro de 2014

Por Miguel Santos, director do Povo Livre

Nasci e cresci no seio de uma família social-democrata. Desde cedo, habituei-me a ouvir e, mais tarde, a participar em todo o tipo de conversas e de discussões familiares sobre política, sobre a política, e acerca da atualidade do país. Foi como se a história se fosse desenrolando diante dos meus olhos e eu nela participasse, através de confrontação de pontos de vista e de opiniões sobre os vários acontecimentos. Tenho bem presente, por isso, os momentos e circunstâncias marcantes do desenvolvimento da nossa democracia, os momentos inesquecíveis de participação político-partidária, as memórias indeléveis de campanhas, comícios e caravanas automóveis e a trágica e traumatizante noite de 4 de Dezembro de 1980 que roubou à sua família e amigos, ao Partido Social-Democrata e seus militantes e simpatizantes e a Portugal e aos portugueses o visionário e íntegro patriota, de seu nome Francisco Sá Carneiro, o Homem que a História não apaga.

Podia não ter acontecido, mas a minha vida cruzou-se, anos mais tarde, novamente com o PSD. Neste partido, tenho vivido a minha militância de base e os diferentes mandatos partidários e políticos com a melhor dedicação, espírito de companheirismo e solidariedade, desde o mandato de membro da minha Comissão Política de Secção até ao mandato de Deputado na Assembleia da República, em representação do PSD e do distrito do Porto.

Recordo-me muito bem, desde os dias da minha infância, que havia um único jornal que a minha mãe assinava e que semanalmente chegava a casa, nesses tempos em que era comum a subscrição em papel. Era mesmo o “Povo Livre”, o jornal oficial do Partido Social-Democrata. Acontecia num dia da semana em que o carteiro entregava em casa o “Povo Livre”, dobrado em três, e que permanecia na sala de estar, onde cada membro da família sempre aproveitava para ler as novidades, num tempo em que as notícias não viajavam tão depressa, bem diferente da velocidade instantânea nos tempos que correm.

Quis o destino, sem que tal nunca me tivesse ocorrido, que volvidos tantos anos, mais de três décadas, eu me viesse encontrar no seio da família do “Povo Livre”, dirigindo o nosso jornal há quatro anos consecutivos. Agora, não em papel, mas em formato eletrónico, presente na página oficial do PSD e enviado, via mail, para todos os militantes da base de dados do Partido. Não é possível haver algum pré-adolescente, como eu fôra, a receber as notícias do “Povo Livre” via correio tradicional, mas existirão muitos mais jovens e menos jovens a aceder ao nosso jornal, a todo o tempo e em múltiplos lugares.

O nosso Partido comemora, neste ano de 2014, os seus 40 anos de existência, de contributos sem rendição a favor de um Portugal melhor, mais justo e mais solidário. São 40 anos em que cada um de nós, militantes, simpatizantes e votantes, da primeira hora ou de uma hora posterior, comemora o seu próprio aniversário, a sua participação e o seu mais ou menos notório empenho na criação, na construção e na vivência do maior e mais português Partido de Portugal, o Partido Social-Democrata.

Não é determinante a maior ou menor relevância que cada contributo possa ter tido; não é importante a maior ou menor constância do empenho de cada um, ao longo das alegrias e dissabores que compõem a vida de cada; é o Partido de todos nós e de cada um, a ideologia, a história e o espírito social-democrata que marca para sempre as nossas vidas e o desenvolvimento passado e futuro de Portugal. O PSD é de todos e precisa de todos para reviver as suas memórias, viver o seu presente e sonhar com o seu Futuro e com o futuro da Nação.

Neste ano marcante de 2014, o “Povo Livre”, associando-se à história do PSD e de Portugal, apresenta esta edição especial, desta feita em papel, à antiga, e procurando respeitar e reviver a linha gráfica de tempos idos.

Pretendemos, assim, que esta edição contribua para recordar a nossa história e constitua um testemunho a guardar para o futuro que sonhamos com esperança e crença. Uma edição para guardar e, quem sabe, para mais tarde recordar.

Os agradecimentos finais e importantes ao Presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, ao Vice-Presidente Coordenador da Comissão Política Nacional, Marco António Costa, e ao Secretário-Geral, José Matos Rosa, por terem sido entusiastas desta edição em papel e contribuído com apoio e, também, com conteúdos próprios para este número tão especial.

Os agradecimento finais e igualmente importantes aos colaboradores do “Povo Livre” Marco Faria, Luís Rodrigues, Júlio Pisa, por terem dado o seu contributo e o melhor do seu saber a esta edição comemorativa.


Saudações social-democratas e fraternas do

Miguel Santos

(Director do Povo Livre)