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José Matos Correia: «É possível ganhar estas eleições»
27 de Março de 2015
Nas comemorações dos 40 anos do PSD de Porto de Mós, José Matos Correia deixou uma mensagem de esperança e responsabilidade aos social-democratas. O vice-presidente do PSD defendeu que «é possível ganhar estas eleições». «Não vos digo isto porque esteja convencido de que é isto que vos devo dizer ou que é isto que querem ouvir. Digo-vos isto porque isto é possível. Com o vosso apoio isso vai ser possível».
O PSD de Porto de Mós, distrito de Leiria, assinalou o 40º aniversário da implantação do Partido, com uma homenagem aos militantes mais antigos do concelho e a presença de Marcelo Rebelo de Sousa e a secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, Teresa Morais.
Recusando que o PSD tenha perdido a sua matriz social-democrata, José Matos Correia recordou a emergência social que o Partido encontrou há quatro anos, quando respondeu ao desafio de retirar Portugal da pré-bancarrota.
«Só se cada um de nós, no seu emprego, nas escolas, nas universidades, no café com os amigos, for capaz de afirmar o orgulho na nossa história... Só se cada um de nós for o protagonista desta mudança a que temos assistido em Portugal, poderemos ganhar as eleições», reafirmou José Matos Correia. Uma mensagem de apelo ao empenho dos militantes de base, cuja acção considerou essencial para difundir a mensagem do PSD. Uma mensagem que Marcelo Rebelo de Sousa aproveitou como ponto de partida para falar aos social-democratas de Porto de Mós.
«Os portugueses têm agora uma oportunidade para parar um pouco e para pensar na escolha que vão ter que fazer em Setembro ou Outubro deste ano», defendeu Marcelo Rebelo de Sousa explicando trata-se de uma escolha «entre uma solução estável, sustentada, que dê a projecção para o futuro daquilo que foi a consolidação das Finanças, agora em termos de crescimento e emprego» e uma solução «minoritária, fraca, do Partido Socialista, rodeada de partidos à sua Esquerda e, portanto, não duradoura, uma solução precária».
Um Partido feito contra o vento
«Por que é que gostamos do nosso Partido?», perguntou Marcelo Rebelo de Sousa aos social-democratas de Porto de Mós, relembrando à plateia que foi difícil implementar o PSD em Leiria, como em todo o País. Pouco depois da sua fundação, o PSD via o seu líder adoecer no ano em que enfrentava a sua primeira grande eleição. Seis anos depois de ter criado o então Partido Popular Democrático, Francisco Sá Carneiro morria em Camarate. «Tivemos duas cisões profundíssimas», acrescentou: «metade da bancada parlamentar saiu da primeira vez, metade da bancada parlamentar saiu da segunda». «Não há nenhum outro partido que tenha tido dissidentes que voltaram e foram líderes», referindo-se a Mota Pinto e Rui Machete. A revisita ao passado levou Marcelo Rebelo de Sousa a concluir que o PSD é «um partido que se fez contra o vento», contra adversidades que a história registou. Mas também é um Partido que não morreu quando muitos esperavam que acontecesse, que conseguiu ter uma grande implantação autárquica, que teve a primeira mulher como líder nacional. «Isto nasce do sonho de um punhado de pessoas», «pessoas especiais» como Francisco Sá Carneiro, rematou.
Mas «o partido não é só feito dos mais velhos», afirmou, chamando ao discurso os feitos conseguidos pela Juventude Social Democrata. «Os mais jovens que aqui estão têm mais futuro».
Porto de Mós 2017
Na homenagem aos responsáveis pela social-democracia em Porto de Mós, olhou-se para as eleições autárquicas de 2017 na expectativa do regresso do concelho à social-democracia, como aliás foi durante três décadas e como recordou Fernando Costa, presidente da Comissão Política Distrital do PSD Leiria.
Marcelo Rebelo de Sousa destacou a importância destas eleições mas também das legislativas desde ano. «Uma escolha errada pode significar a ingovernabilidade do País», alertou. Demonstrando-se impressionado pelo facto de o líder socialista não pedir a maioria absoluta, o antigo presidente do PSD olhou para as próximas eleições como um desafio difícil em que é necessário explicar a lógica de haver estabilidade e segurança no futuro. Mas, rematou, «difícil era andar pelos telhados em 1974/75. Difícil era ir para um comício e ter dezenas e centenas a impedir o comício».
«Se fomos capazes de ultrapassar essa fase, não somos capazes de atravessar os desafios do presente?», perguntou Marcelo Rebelo de Sousa, deixando um reconhecimento e um apelo: «Todos os milhares que criaram este Partido foram enormes. Mas agora temos de ser enormes pela vivência do nosso Partido».
«Não há Democracia portuguesa sem o PSD. E nós, em momentos melhores e piores, somos visceralmente invencíveis», concluiu.