09 de Março de 2015
[Só faz fé versão lida]
"Permitam-me que inicie esta intervenção com uma justa
palavra de homenagem e gratidão dirigida a todas mulheres: às nossas avós, às
nossas mães, às nossas companheiras e às nossas filhas e netas.
Hoje celebramos um dia especial.
Um dia de reconhecimento das realizações das mulheres,
independentemente da sua origem, da sua nacionalidade, da sua etnia, da sua
língua, da sua situação económica ou da preferência política. Este é o dia de
todas as mulheres.
É também uma ocasião para reflectirmos sobre o que foi
alcançado e assim olharmos para o potencial e oportunidades que as gerações
futuras têm à sua frente.
Permitam-me também que deixe um elogio merecido à JSD da
Murtosa e também á Regional de Aveiro.
A iniciativa que organizaram e que nos reúne aqui hoje é a
prova de que as mulheres têm um papel fundamental na nossa sociedade, um papel
ao qual nenhum de nós pode ser indiferente.
Esta conferência é mais um sinal claro nesse sentido. É um
sinal de que pensar o papel das mulheres no século XXI é pensar o próprio
século XXI.
Quero também exprimir uma palavra de agrado relativamente
aos oradores que tivemos a oportunidade de ouvir.
Os temas que abordaram são a prova de que pensar o papel da
mulher no século XXI é pensar a sua integração em todas as áreas sociais, da
participação política às questões económicas.
As vossas intervenções são a de que prova que estamos no
caminho certo.
Lembremo-nos que faz hoje 40 anos que o Dia Internacional da
Mulher começou a ser celebrado no âmbito das Nações Unidas, que, apesar das
suas origens remontarem ao início do século XX, esse reconhecimento tem tantos
anos quanto a nossa Democracia e o nosso PSD.
É uma coincidência feliz: celebramos a Democracia,
celebramos o aniversário do PSD e celebramos também o papel que as mulheres têm
e tiveram nos grandes momento da nossa história.
Lembremo-nos hoje que há conquistas que são recentes e que
não podem ser dadas por adquiridas. Há que celebrá-las para as manter bem vivas
para as próximas gerações.
Lembremo-nos, acima de tudo, que hoje celebramos juntos.
Estamos juntos hoje, para mais do que um debate ou
conferência, estamos juntos hoje porque há algo que nos une.
E o que nos une aqui hoje é reconhecer juntos que as
mulheres têm uma dimensão humana inalienável.
Sabemos que pensar o papel das mulheres no século XXI é
pensar o seu papel humano.
Sabemos a importância que as mulheres têm na nossa vida.
Quando celebramos este dia lembramo-nos em primeiro lugar do
papel que as mulheres têm na nossa família, no nosso dia-a-dia.
Que neste dia lhes seja feita a homenagem que merecem.
Celebrar este dia é
celebrar os laços entre mães e filhos, entre maridos e mulheres, entre avós e
netos.
Celebrar este dia é homenagear também as famílias.
Todas as famílias, incluindo esta família que hoje aqui se
reúne: a família social-democrata.
Celebramos hoje uma família política constituída há mais de
40 anos também por mulheres, uma família que apenas existe convosco, uma
família que se orgulha da vossa presença e participação.
Quero dizer a todas as mulheres social-democratas que o PSD
está grato e honrado por vos acolher no seio da nossa família: obrigado por
constituírem um pilar fundamental do Partido Social Democrata; obrigado por
lutarem pela Social-Democracia.
Somos um partido que se honra de contar com maior
percentagem de mulheres como militantes, somos um partido que se honra de
contar com mulheres eleitas democraticamente para todos os níveis do poder
político: das câmaras municipais ao governo, das juntas de freguesia aos mais
elevados de cargos de soberania, como a Presidência da Assembleia da República
e o Tribunal Constitucional.
Somos um partido que gosta de enfrentar os grandes desafios.
Somos um partido que se honra do vosso contributo e da vossa
vontade em construir a plena social-democracia que ambicionamos.
Se há algo que nos caracteriza enquanto partido é o respeito
e admiração com que tratamos e integramos as mulheres.
No PSD acreditamos nas mulheres, admiramos a sua força,
aproveitamos o seu potencial, valorizamos as suas ideias, acreditamos na sua
inteligência e estimamos a sua responsabilidade.
Temos orgulho de, enquanto social-democratas, estarmos do
lado da capacitação das mulheres, porque acreditamos em vós e sabemos que têm
um contributo muito importante para que a visão dos nossos fundadores esteja ao
nosso alcance.
E por falar em fundadores, permitam-me que cite alguém que
nos é querido, mas infelizmente já não se encontra entre nós:
“há portanto que encontrar, a nível partidário e a
níveis nacionais, estruturas que permitam assegurar um lugar, a obtenção de
um lugar às mulheres portuguesas, em plena igualdade com os homens, em plena
possibilidade de se pronunciarem, de participarem, e de, através do
aproveitamento das suas capacidades, se realizarem plenamente como mulheres e
como portuguesas.”
São palavras de Francisco Sá Carneiro.
Estas palavras demonstram a preocupação que o PSD sempre
teve na integração das mulheres na vida política e o reconhecimento que, como
social-democratas, temos sobre o seu papel.
O respeito pelas mulheres é algo que faz parte da nossa
matriz social-democrata e de que nos orgulhamos.
O futuro é construído com as mulheres na família
social-democrata.
Pensar o papel das mulheres no século XXI passa por
reconhecer a sua importância no caminho que queremos percorrer.
Passa por reconhecer que a vossa dimensão humana acrescenta
valor à política e que o nosso partido precisa delas.
Precisamos que participem.
Precisamos das mulheres para que o nosso Partido Social
Democrata continue a construir uma sociedade mais justa e livre.
O vosso contributo foi e continuará a ser essencial.
Contamos convosco, com todas as mulheres social-democratas,
para continuarmos o caminho para a social-democracia.
Sentimos todos, homens e mulheres social-democratas, orgulho
pelo que já conquistámos enquanto portugueses.
Temos de ter orgulho de, no nosso partido, defendermos a
liberdade, como sempre o fizemos, como sempre o iremos fazer. Sabemos quem
somos e quais são os pilares que formam a espinha dorsal dos valores pelos
quais nos regemos.
Mas ainda há muito caminho a percorrer, sabemo-lo bem.
Portugal é um país onde as mulheres são valorizadas mas temos
de fazer mais e melhor para que esse pleno reconhecimento derrube as barreiras
que sabemos existirem em alguns sectores da sociedade.
As mulheres têm de ter a oportunidade de lutar pelos seus
sonhos em plena igualdade com os homens.
Diz-se que é correcto, que é uma questão de direito. Diz-se
bem.
Mas, também devemos dizer que é uma questão de inteligência
e de interesse nacional.
Se aproveitarmos o talento das mulheres portuguesas, temos
maiores possibilidades de sermos bem sucedidos.
E, por isso, digo às mulheres portuguesas, olhos nos olhos,
aqui e agora:
Portugal precisa do vosso talento!
Portugal precisa do vosso esforço e dedicação!
Portugal precisa das
mulheres Portuguesas!
Um país não pode desperdiçar metade do seu talento.
Se queremos ter o país que ambicionamos, temos de contar com
o vosso contributo e envolvimento.
As mulheres são capazes de dar um contributo significativo
para o nosso crescimento económico e coesão social.
Acredito que as nações são melhor sucedidas quando as
mulheres que as constituem são também bem sucedidas.
Quando as mulheres alcançam os seus sonhos e ambições, sejam
estes no âmbito profissional, no âmbito familiar ou no âmbito dos seus
projectos pessoais, a sociedade tem maior força e coesão.
As mulheres têm um papel incontornável a respeito da coesão
e do desenvolvimento social.
Felizmente vivemos num país em que as mulheres têm
possibilidade de participação cívica. Felizmente podemos contar convosco.
Termino com um apelo.
Quero pedir às mulheres portuguesas que nos ajudem a
construir a social-democracia que ambicionamos juntos.
Lembrem-se que têm voz e direito a participar, têm tanto
quanto qualquer homem.
Lembrem-se que a vossa visão, que as vossas ideias e
contributos podem fazer a diferença.
Lembrem-se também que o caminho para a social-democracia não
escolhe o sexo das pessoas, não descrimina entre participação de homens e de
mulheres.
É um caminho que
privilegia as boas ideias e os bons contributos. O vosso é essencial.
O caminho para a social-democracia é apenas possível com a
participação das mulheres portuguesas.
Contamos convosco; contamos com a vossa participação e
empenho.
Acima de tudo, contamos que percorramos este caminho juntos,
que acreditem que estamos a fazer as escolhas correctas, que tenham a convicção
que eu tenho, que nós temos, de que este é um caminho de responsabilidade; que
este é um caminho que trará frutos.
Acreditem que daqui a um ano estaremos a celebrar os bons
resultados que entretanto alcançaremos.
Acreditem que daqui a um ano Portugal estará melhor com o
vosso contributo.
Acreditem no caminho para a social-democracia. Lembrem-se
quem são e quais são os valores que formam a nossa identidade.
O caminho para a social-democracia é um caminho conjunto.
Um caminho de homens e mulheres social-democratas. Um
caminho apenas possível convosco.
Termino como comecei: pensar o papel das mulheres no século
XXI é olharmos para o potencial e oportunidades que as gerações futuras têm à
sua frente.
Pensar o papel das mulheres no século XXI é pensar o século
XXI.
E utilizando as palavras de Natália Correia:
“Acho que a missão da mulher é assombrar, espantar. Se a
mulher não espanta... De resto, não é só a mulher, todos os seres humanos têm
que deslumbrar os seus semelhantes para serem um acontecimento.”
Vivam as mulheres!
Viva o PSD!
Viva Portugal!"
Murtosa, 8 de Março de 2015