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José Matos Rosa: O PSD e a Social-Democracia

José Matos Rosa: O PSD e a Social-Democracia

04 de Dezembro de 2014

Por José Matos Rosa, secretário-geral do PSD

A publicação deste número especial do “Povo Livre” no ano em que comemoramos 40 anos de democracia em Portugal pretende constituir-se como uma sincera homenagem aos homens e mulheres Social-Democratas que ao longo das suas vidas deram o melhor de si na luta pela liberdade.

Estou a pensar nos fundadores do PSD que iniciaram a construção do Partido muito antes do 25 de Abril. Políticos de coragem e de visão que criaram as bases do pensamento livre da Social-Democracia em Portugal durante o Estado Novo e que deram depois origem à fundação formal do PSD. 

A história do PSD “não começou” no dia 6 de Maio de 1974, mas sim na luta política iniciada a partir de 1969 por Social-Democratas como Francisco Sá Carneiro, Francisco Pinto Balsemão, Joaquim Magalhães Mota, José Pedro Pinto Leite e João Bosco Mota Amaral.

Estou também a pensar nos deputados constituintes do PSD que depois do 25 de Abril lutaram por uma Constituição que consagrasse um regime parlamentar do tipo ocidental e nos militantes que por esse País fora consolidaram o Partido no terreno.

Penso em todos que ao longo destes 40 anos de regime democrático souberam estar à altura dos desafios que se colocaram a Portugal e aos Portugueses. Foram muitos e exigentes esses desafios. A desmilitarização do regime, a libertação da economia, o processo de adesão à Europa como opção estratégica de fundo, a modernização das infra-estruturas, a adesão à moeda única e o recente resgate da soberania perdida. 

Sim, foram desafios exigentes, mas conseguimos superá-los e devemos por isso ter orgulho naquilo que somos e naquilo que fomos capazes de construir com os Portugueses.

Nós, Social-Democratas, contribuímos de forma decisiva para a conquista desses grandes objectivos colectivos.

Nós, Social-Democratas, soubemos sempre colocar Portugal acima de tudo.

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As comemorações dos 40 anos do PSD e da democracia têm decorrido ao longo deste ano e continuarão até ao próximo mês de Maio. 

As comemorações têm sido momentos de reencontro entre pessoas e também de reencontro com a nossa história.

Estamos todos a contribuir para a memória colectiva do PSD e de Portugal através desta e de outras iniciativas que consolidam os grandes momentos da nossa história contemporânea e que terão no Arquivo da Social-Democracia um pioneiro espaço de desenvolvimento.

Nesta primeira fase, será inaugurado o arquivo fotográfico digital. Trata-se do primeiro arquivo partidário que será colocado ao dispor do público em geral e que contará com todas as imagens existentes no PSD desde a sua fundação.

O Arquivo da Social-Democracia será depois reforçado com o material audiovisual e sonoro que possuímos e cujo rigoroso tratamento já iniciámos.

É um exercício inovador que reflecte o compromisso que temos com a transparência na vida política e com a construção da memória colectiva. Disponibilizamos os nossos conteúdos históricos e esperamos recolher novos contributos para que este acervo se constitua como uma referência em Portugal.

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Esta edição especial do “Povo Livre” pretende prestar homenagem à luta que os Social-Democratas desenvolveram ao longo destes 40 anos e em especial ao seu fundador Francisco Sá Carneiro. 

A exposição inaugurada neste dia 4 de Dezembro de 2014 pelo militante n.1 e fundador do PSD, Francisco Pinto Balsemão, e pelo presidente do nosso partido, Pedro Passos Coelho, pretende reconstituir as principais fases da vida política de Francisco Sá Carneiro e projectar-se assim como um exemplo inspirador para as novas gerações. 

Os conteúdos agora reunidos irão ser expostos nas estruturas locais do PSD para que todos os militantes, os mais novos e os mais antigos, possam reencontrar aquele que foi, é e será sempre uma das principais figuras do século XX português.