04 de Dezembro de 2014
Por Marco António Costa, Vice-Presidente e Coordenador da Comissão Política Nacional
Quando a 25 de Abril de 1974 o Movimento das Forças Armadas pôs fim a um regime autoritário de quase 50 anos, foi permitido aos portugueses sonharem com um país mais próspero e mais justo, alicerçado em valores como a liberdade e a democracia.
Imbuídos nesse espirito e nesse sonho Francisco Sá Carneiro, Francisco Pinto Balsemão e Magalhães Mota fundam a 6 de Maio de 1974 o PPD.
Desde o início vinculado aos valores da Social-Democracia: a liberdade, a igualdade, a justiça social e a solidariedade, este era um projecto político modernizador da sociedade, baseando o seu ideário numa Democracia parlamentar, alicerçada numa verdadeira economia social de mercado.
Desde então e graças ao empenho dos seus dirigentes, mas sobretudo dos seus militantes e simpatizantes, PPD/PSD foi-se afirmando como um partido central na vida política nacional.
A grande ligação às realidades locais permitiu uma grande presença territorial e a afirmação de um partido com forte implantação no poder local e nas autonomias regionais desde os seus primórdios.
Mas também no Governo o PSD tem mostrado a sua capacidade de pôr o melhor de si ao serviço dos portugueses. Sendo chamado a governar muitas vezes em circunstâncias muito difíceis, sempre soubemos dar a melhor resposta ficando ligados aos mais difíceis e desafiantes períodos da nossa história democrática.
Foi assim em 1979 nas maiorias absolutas da AD que contribuíram para a normalização democrática do país e proporcionaram um período de estabilidade e crescimento. Essa estabilidade permitiu que o país iniciasse o processo de integração na então Comunidade Económica Europeia.
Foi assim também, em 1985, quando no governo se iniciou uma década de reformas e de progresso, num período de modernização ímpar.
Mais, recentemente, fomos novamente chamados a governar em circunstâncias muito difíceis. Em 2011, o PS tinha atirado o país para uma crise sem precedentes na nossa história recente, obrigando-nos a recorrer à ajuda externa para honrar os nossos compromissos.
O PSD foi chamado pelos portugueses a governar num momento muito difícil e, uma vez mais, soube estar à altura do desafio.
Tendo responsabilidades governativas, a actividade do Partido desdobra-se, hoje, em duas frentes.
Por um lado, a frente externa, onde o Partido no Governo soube, através de uma atitude de grande responsabilidade, recuperar a confiança e a credibilidade internacional.
Não deixo de registar o simbolismo de no mês em que o partido celebrou 40 anos, o país pôde também assinalar o fim do programa de assistência económica e financeira que durante três anos condicionou de forma decisiva o nosso dia-a-dia.
O Governo conseguiu ultrapassar este enorme obstáculo, conservando o essencial das nossas conquistas sociais e reforçando a sustentabilidade do Estado Social
Por outro lado, temos a frente interna, onde o partido continua apostado em promover o debate e a reflexão ao mesmo tempo que melhora a cada dia os seus mecanismos de comunicação com os seus militantes e simpatizantes.
Para assinalar os 40 anos, o PSD está a levar a cabo um ambicioso programa de comemorações, que alia a presença da sua memória histórica a uma busca de visão prospectiva com as Jornadas “A Social Democracia para o século XXI”, que permitiram ao partido e aos seus militantes uma reflexão sobre o que até aqui foi conseguido, projectando simultaneamente o nosso compromisso politico e ideológico para o futuro.
Paralelamente, o Partido tem feito um esforço de modernização dos seus canais de comunicação, afirmando-se como um partido de vanguarda na adesão às novas tecnologias proporcionadas pela WEB 2.0. Estamos neste aspecto na dianteira porque entendemos ser crucial que se estabeleça uma relação comunicacional com as estruturas e os militantes, porque são sempre os militantes os melhores portadores das nossas mensagens e dos nossos propósitos.
40 anos depois, o PSD afirma-se como um referencial da nossa vida democrática, renovado nos seus desígnios, apostado em lutar como no primeiro dia pelo sonho de uma sociedade mais justa e solidária.
40 anos depois, o PSD continua como desde o início a apontar o caminho do futuro e a colocar Portugal acima de tudo.