As primeiras conquistas em Mafra
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01 Fevereiro 2015
Distrito: Lisboa Autor: Joaquim do Val Morais

As primeiras conquistas em Mafra

Joaquim do Val Morais comprou o velho casino da Ericeira, arranjou os arruamentos para a praia e as piscinas do parque de campismo, construiu a sede do Turismo de Mafra, organizou o aterro sanitário do concelho e iluminou o convento de Mafra com “aqueles projetores”. Hoje, com 84 anos, nascido em 1931, aquilo de que mais se orgulha do seu trabalho enquanto presidente da Câmara “foi o abastecimento de água”. Não só para Mafra, conseguiu-o também para Torres Vedras. Porquê Torres Vedras? Porque “também estava a crescer muito”.

Nessa altura, Val Morais estava em minoria: era um mandato com três vereadores do PSD, três vereadores do PS e 1 vereador do CDU. Da oposição ficou com muitas más recordações, por serem tempos “muito duros”. “Levava-se mais de uma hora a discutir o plano de trabalhos, a discutir a ata anterior porque não tinha o doutor fulano de tal, a um outro faltava um “P” ou um “Q”… era só para desestabilizar. O Partido Comunista nunca votou a favor, nem se abstinha.” Lamenta que a Oposição “seja assim” e desejava que esta fosse “mais honesta e mais correta.”

A primeira vez que ouviu falar do PPD foi num comício “com o Sá Carneiro, ali ao pé de A-dos-Cunhados (Torres Vedras).” Lembra o homem como uma pessoa que não iludia e dizia a verdade. “Uma pessoa por quem tive muito respeito e muita pena que tivesse desaparecido. Lembro-me de o Sá Carneiro dizer que preferia um bom simpatizante do que um mau militante.”
Outra história que recorda é a de um telefonema feito por uma pessoa amiga de Lisboa que “precisava de um carro com janela de abrir. Precisava dele para o Ramalho Eanes. Andou com ele cerca de cinco mil quilómetros e trouxe-o todo amachucado porque o Ramalho Eanes subiu para o tejadilho.”

No dia em que venceu, Ramalho Eanes reuni-os e agradeceu a todos. Tinham disso 100 pessoas a arriscar a própria vida e os próprios bens para o apoiar e ele nunca se esqueceria. “Considero Ramalho Eanes um homem com “H” grande”, refere Joaquim do Val Morais. Acabou por perder o contato com o General. “Tenho pena, mas a vida transformou-se de tal maneira.”
Dos tempos de Mafra, lembra ainda o Dr. Joaquim Sardinha, o Sr. Lino Ferreira, o Sr. Daniel Lourenço e “muitos amigos do PSD. Foram muito importantes, homens extraordinários.”

Acabou por sair da Câmara sem renovar o mandato, “a pensar nos filhos e na mulher. Por não ter condições” e tentou que fosse Joaquim Sardinha, (o Dr. Sardinha) a substituí-lo “mas ele não quis e eu desisti.” Depois de sair, Val Morais militava embora “mais afastado”.

Dos 40 anos de PSD em Mafra não guarda nenhum momento triste e recorda vários episódios felizes: o Dr. Sardinha que lhe deu um “apoio muito grande” e das últimas eleições legislativas, “O nosso Primeiro Ministro Pedro Passos Coelho, na minha opinião, é um homem sério e humilde.”

Ao longo da vida, Val Morais procurou “trabalhar para os outros” sem pensar em si. Recorda um episódio em que 10 funcionários “iam para rua sem reforma nenhuma” e, depois de pedidos e exposições ao ministro, lhe disse: “eu ajoelho-me aos seus pés, mas o senhor tem de me ajudar.” O ministro da tutela deixou-o abrir um concurso e Val Morais conseguiu “colocá-los a todos”.
Para o futuro, Joaquim do Val Morais pede aos partidos que escolham para cabeças.

1º militante eleito
Presidente da CMM

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