Quarenta anos
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01 Abril 2015
Distrito: Lisboa Autor: Emanuel de Menezes Lima

Quarenta anos

Emanuel de Menezes Lima presidiu à Comissão de Comemoração dos 40 anos do PSD para a Área Oeste e conta a sua experiência a José Damas Antunes, no livro «Contributos para a História do PSD na Área Oeste – 1974-2014», lançado em Abril deste ano.

Conheça o testemunho de Emanuel de Menezes Lima, que narra a história do PSD, as suas raízes anteriores ao 25 de Abril, o 25 de Novembro de 1975, a revisão constitucional de 1982 e, a par da história de Portugal, a expansão da social-democracia do PSD.

«Tendo me sido dada, o que tenho por imerecida, a honra de presidir à Comissão de Comemoração dos 40 anos do PSD para a Área Oeste e inserta a publicação deste trabalho no âmbito desta comemoração, é da mais elementar justiça saudar e louvar o seu autor, o nosso amigo e companheiro Eng.º José Francisco Damas Antunes pela iniciativa e pelo empenho e competência, com elevada qualidade e rigor, postos na pesquisa e recolha dos dados e eventos referíveis ao PPD/PSD na Área Oeste, tornando possível tê los acessíveis a todos nós. Por todos nós muito obrigado.

Também é devida uma palavra muito especial à Comissão Política Distrital, e seja me permitido que o faça na pessoa do seu Presidente Dr. Duarte Pacheco, pela obtenção dos meios que possibilitaram a publicação em livro de tão importante, necessário e exigível trabalho.

Comemorar os 40 anos de vida do PPD/PSD é muito mais que comemorar 40 anos de um partido político e, até, muito mais do que comemorar 40 anos de democracia. Comemorar os 40 anos do PPD/PSD é lembrar 40 anos do que mais nobre e sublime existe na alma portuguesa, nas raízes profundas e históricas de um povo que vai além do impossível quando a dificuldade surge, que acredita no trabalho que dá o pão, que acredita na liberdade com responsabilidade, na igualdade de to¬dos perante a lei e no direito de todos à igualdade de oportunidades, que acredita no indivíduo mas, porque solidário, também na família e na sociedade, estando, por tal impulso, disponível a sacrifícios por um filho, pelo seu próximo, pelo seu país ou, simplesmente, por um ideal em que acredite.

Destas raízes resultaram os valores sempre defendidos pelo PSD: um Estado de Direito; a primazia da sociedade civil sobre o Estado; a defesa da pessoa humana, do pluralismo político e social, da correção de injustiças, da não descriminação, do respeito pela livre iniciativa; pela propriedade legítima; pelo direito à educação, à saúde e à Justiça, e destes valores resultou que o PPD/PSD, um partido que à nascença era dado como impossível, viesse se a constituir se como um partido popular, transversal a toda a sociedade, e viesse a ter consigo, logo nas primeiras eleições livres realizadas em Portugal, mais de um milhão e meio de eleitores.

A implantação do então Partido Popular Democrático sofreu a mais violenta obstaculização a nível do poder instalado, de raiz marxista, sofreu da publicidade negativa dos meios de comunicação social de então e, especialmente a sul do Mondego, sofreu dos insultos, agressões e perseguições a militantes e simpatizantes, destruição de sedes e obstrução à realização de comícios, sessões de esclarecimento ou simples distribuição de propaganda. Porém, esses obstáculos e dificuldades, não impediram o povo de, nas eleições para a Assembleia Constituinte, dar mais votos ao PPD do que a toda a esquerda marxista radical junta. Este é o marco que torna o PPD/PSD um partido determinante na evolução da democracia portuguesa e na vida dos portugueses. (Nas primeiras eleições livres, ganhas pelo PS mas do qual saíra a área marxista radical de Manuel Serra para formar a Frente Socialista Popular, o PPD teve 1.507.282 votos, mais do dobro do PCP que teve 711.935 e de toda a esquerda radical junta que teve 1.029.966, esquerda que até aí se afirmava como dona do povo e do país).

Com o 25 de Novembro de 1975 e a Revisão Constitucional de 1982, a democracia consolida se e são as raízes culturais do povo português e os seus valores que, especialmente com o PSD, assumem a gestão da vida política, na extinção da tu¬tela do MFA, na adesão à Europa e ao Euro, na defesa na Lusofonia e na defesa das liberdades e garantias que uma Constituição, expurgada de peias ideológicas contrárias ao querer do povo, consagra.

Porque somos, o Partido Social Democrata, guardiães dessas raízes e dessa alma que nos permitiu nascer e chegar aqui, importa, para que o sacrifício destes 40 anos não seja esbanja¬do na demagogia consumista e despesista habitual dos partidos da oposição mas resulte em favor de nossos filhos, de nosso país e de nosso ideal, que nos unamos, levemos connosco os que partilham do mesmo futuro e caminhemos para a vitória que nos espera.

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