"A Democracia e as Novas Representações"
No debate da social-democracia no século XXI, não podia
deixar de ter lugar a reflexão sobre o sistema político sagrado no pós-25 de
Abril. Foi um momento histórico em que Portugal viu nascer partidos políticos –
como o Partido Social Democrata –, um sistema eleitoral, uma cultura de
participação cívica e democrática.
Quarenta anos volvidos desde esse momento fundador, são
muitas as mudanças a que a sociedade e os portugueses assistiram como também
são muitas as consequências daí decorrentes. Trata-se da hegemonia da
tecnologia e das comunicações à distância; da participação no acto eleitoral
através do voto electrónico; do inevitável debate sobre o número de deputados
eleitos; da necessidade de reaproximação entre representantes e representados;
da reflexão sobre o voto obrigatório; da realidade de que o sistema democrático
existe com instituições arquitectadas para um quadro de decisão autónomo e não
para os níveis de integração da actual União Europeia.
Trata-se de repensar "A Democracia e as Novas
Representações”, um debate que o PSD sempre incentivou com legitimidade e que
dá agora mote a mais uma conferência do ciclo “A social-democracia para o
século XXI”. A sessão, em Coimbra, contou com a participação de Fernando
Negrão, jurista, antigo ministro da Segurança Social e deputado
social-democrata; António Costa Pinto, politólogo; e foi conduzida por
Francisco Pinto Balsemão, militante número 1 e presidente da Comissão
Coordenadora das Comemorações do 40º aniversário do Partido Social Democrata,
“40 Anos de PSD, 40 Anos de Democracia”.